Passengers (2016)
- MJ
- 7 de jan. de 2017
- 4 min de leitura

* Este comentário contém spoilers *
Olá a todos!
Hoje trago-vos uma das últimas estreias cinematográficas de 2016, o filme Passengers. Quero desde já avisar para repararem no disclaimer porque vou falar dos pormenores do filme, fazer muitos spoilers com alguns comentários sarcásticos a acompanhar! Let's go!
Titulo Original: Passengers
Realizador: Morten Tyldum
Escrito por: Jon Spaihts
Atores Principais: Chris Pratt, Jennifer Lawrence, Michael Sheen, Laurence Fishburne e Andy García.
O filme estreou mundialmente no dia 21 de Dezembro de 2016. No dia 2 de Janeiro de 2017, o filme já tinha angariado 122.8 milhões de dolares, adquirindo assim 12.8 milhões de dolares em lucro (orçamento de produção - 110 milhões). Fui ver o filme no dia 22 de Dezembro, por ser o meu aniversário e, embora tivesse interesse em ver o filme, foi a minha segunda escolha nesse dia (inicialmente queria ver o Sing - que ainda vou ver e fazer review aqui), mas o cinema perto de minha casa só tinha a versão portguesa). Deixo-vos o trailer:
Então, vamos à história. A nave espacial Avalon está a caminho do planeta Homestead II, uma colónia criada pelos humanos como uma solução para o sobrepopulação da Terra. A viagem dura 120 anos, mas os 5 mil passageiros dirigem-se a um novo planeta com recursos, onde podem ser úteis e desenvolver a sua profissão, e viver uma experiência a que poucos tiveram acesso. A cápsula de hibernação de Jim (Chris Pratt) avaria-se e ele acorda 90 anos mais do que o suposto. Sendo engenheiro mecânico, Jim tenta tudo para reparar a sua cápsula ou para aceder à tripulação (também hibernada numa área diferente), mas sem sucesso. O seu único amigo é Arthur (Michael Sheen), o AI (artificial intelligence) bartender. Jim visita a área das cápsulas, repara em Aurora (Jennifer Lawrence) e tenta descobrir tudo sobre ela, apaixonando-se.
Até aqui temos uma plot que me estava a interessar bastante: uma vida de solidão com recursos mais ou menos ilimitados (ele podia usar todas as divisões, todas as atividades, etc), uma espiral de angústia e desesperança - faltam 90 anos para a nave chegar e os passageiros só irão acordar 4 meses antes da chegada, ele sabe que vai morrer sozinho. O medo (ou a falta dele) de morrer, tentativas de suicídio, a saudade do toque e de uma conversa humana (Arthur não compreende o suficiente) levam Jim a enfrentar um dilema moral - não está efectivamente sozinho, há mais 5000 pessoas na nave.
Após um ano de solidão, apaixonado por Aurora e com o conhecimento técnico que adquiriu ao tentar reactivar a sua cápsula, Jim desliga a cápsula da sua amada. Ele diz-lhe que ela acordou por acidente, tal como ele. Ela entra em negação, mas eventualmente começa a socializar com Jim e a escrever um livro sobre as suas experiências na nave. Aqui tudo começa a descambar para mim - deixou de ser uma história de ficção científica para ser um romance. A questão científica não foi muito explorada (como é que a nave tinha comida e água para 5250 passageiros sobreviverem durante 4 meses? como é que foram criadas as colónias Homestead e Homestead II?) mas tudo estava compensado com os dilemas morais que estavam a ser levantados - a inovação da tecnologia contra a necessidade social humana. Tudo isso foi por água abaixo a partir daqui.
Claro que se envolvem e ficam apaixonados, até ao dia em que Jim iria pedir Aurora em casamento - a mesma descobre a verdade através de Arthur. Ao perceber que Jim lhe roubou a oportunidade de viver em Homestead (e agora vão ficar ali para sempre por uma decisão dele), ela acaba tudo com ele e evita-o desde então (já não havia nada a fazer, que drama queen!). A nave começa a ter problemas técnicos em todo e lado e outra cápsula abre - a de Gus (Lawrence Fishburne), um dos oficiais da tripulação. Tentam arranjar a nave todos juntos, até que, através de uma cápsula de reabilitação médica (Autodoc) se descobre que Gus está doente devido ao mal-funcionamento da sua cápsula e - surpresa das surpresas - vai morrer nas próximas horas.

A única pessoa útil morre e cada dia que passa mais sistemas da nave entram em colapso. Jim descobre que tem de fechar manualmente o reactor da nave, há toda a despedida romântica onde os protagonistas fazem as pazes antes de um deles morrer - nova surpresa, ele não morre! Claro que é expelido pelo calor do reactor, cuspido para o vazio, com o cabo de segurança partido e o fato de astronauta rasgado (lol cliché much?). Aurora vem em seu socorro, numa cena demasiado longa e dramática, conseguindo recuperá-lo. Jim está inconsciente/morto mas Aurora consegue reanimá-lo no Autodoc (porque é que não fizeram isso com o Gus?).
Juntos e felizes, Jim percebe que o Autodoc consegue re-hibernar um passageiro e oferece essa possibilidade a Aurora. Claro que ela responde com um discurso sobre não querer viver sem ele e a trama avança 88 anos, dia do despertar para os restantes passageiros. Eles descobrem a nave coberta de vegetação e animais (que era suposto serem plantados/criados quando chegassem à colónia) e o livro completo da vida de Aurora - onde é revelado que ele preferiu ficar com Jim.
Agora mais a sério, o filme é bom. Para quem gosta de efeitos especiais e de romance, este é o filme a assistir - eu é que não aprecio muito uma coisa nem outra (aprecio os efeitos se a história for igualmente boa). Pessoalmente, acho que poderia ser um filme fantástico (ao nível de Interstellar) se a parte tecnológica e moral fosse superior ao romance. Sendo que não é o caso, é apenas um filme fixe.
Apesar de tudo, vou classificá-lo com 7 balões, porque acho mesmo que toda a gente devia assistir.

Espero que tenham gostado desta review e fiquem atentos aos próximos posts!
XOXO,
[MJ]
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