Série RTP "Ministério do Tempo" Episódio 4

MJ
25 de jan. de 2017
3 min de leitura

Olá a todos!

Antes de mais peço desculpa pelo atraso, pois esta review deveria ter saído ontem. Mas como mais vale tarde que nunca, aqui está ela em todo o seu esplendor!

Neste episódio, chamado "Uma Negociação a Tempo" o Ministério recebe uma visita inesperada - Stein, um advogado americano que ameaça revelar o Ministério e processá-lo por incumprimento de um contrato, reclamando uma indemnização de 100 milhões de euros! Em 1492, o rabino Abraão Levy (Valdemar Santos) entregou um livro revelando o segredo das portas do tempo a D. João II. Como pagamento, o Rei promete proteger Levy e a sua família, mas o mesmo acaba queimado na fogueira pela Inquisição em 1542, por ser judeu em Reino cristão.

Com apenas 5 dias para resolver o assunto, Salvador (António Capelo) não pode permitir que o maior segredo do Estado Português seja tornado público. Assim, os nossos heróis são enviados a 1542 para intervir no auto-de-fé que condenou Levy. Problema: a porta (148) que dá para esse dia está avariada e está sempre em loop temporal - ela reinicia sempre no dia 12 de Maio de 1542. A porta mais perto no mesmo local encontra-se temporalmente 4 anos no futuro. Ou seja, se os nossos agentes não conseguirem regressar no próprio dia, só serão resgatados pela outra porta... 4 anos depois.

É aqui que aparece pela primeira vez Alexandre Herculano (Heitor Lourenço) que tem a missão de substituir o advogado do Santo Ofício e vencer o julgamento de Levy. Juntamente com Amélia (Mariana Monteiro), Tiago (Sisley Dias) e Afonso (João Craveiro), tem a maior supresa - O Inquisidor-Mor é igual a Ernesto (Luís Vicente).

Os dias passam e todas as tentativas de salvar Levy tornam-se falhadas. Pelo meio, os agentes tentam tirar informações a Ernesto sobre aquele seu sósia, mas também sem sucesso. Salvador, com medo que a última tentativa também não se concretize, pede um favor a Ernesto que irá pôr em perigo a sua vida e o mesmo aceita. Vemos então que Ernesto viaja a 1542, substituindo o seu sósia e salvando Levy - mas o plano corre mal, pois o seu sósia consegue encontrá-lo e mandá-lo prender por impostor. O cardeal D. Henrique é nada mais, nada menos que filho de Ernesto! Afonso Mendes de Noronha, cumprindo o seu motto de militar, "não deixa nenhum homem para trás" e regressa para salvar o colega. Tiago e Amélia seguem-no, e com apenas poucas horas antes do pôr-do-sol, conseguem regressar a porta 148 a tempo porque... levaram uma mota!

Foi tudo bastante divertido, gostei de terem abordado os loops temporais e a preocupação de todos em não se encontrarem com o seu eu-passado. Claro que depois todos os eventos se encaminham para uma quase ruptura total e tudo corre bem no último segundo com algum humor (a semana passada foram cavaleiros, esta semana a mota).

Paralelamente a esta plot, temos Amélia, que continua a regressar ao seu tempo e a escrever o seu diário. Acho muito interessante termos acesso a esta "intimidade" de Amélia. A sua mãe, que está farta de tentar levar Amélia a eventos sociais para lhe arranjar um marido, descobre o diário e fica enfurecida por Amélia passar o tempo a escrever "parvoíces" e a mentir sobre onde vai quando sai de casa. Sem saber o que dizer, Amélia diz que tem um admirador e Tiago vai jantar lá a casa, fazendo-se passar por um médico, de boas famílias, que conheceu Amélia na faculdade.

Acaba por correr tudo bem e os pais de Amélia vai deixá-la em paz enquanto ela estiver prometida. No entanto, ela tem de destruir o diário, porque o seu pai gostou tanto da história do tempo, que mostrou a um editor que queria tornar Amélia numa escritora famosa! Isso poderia mudar todo o futuro e expôr o Ministério - e assim, Amélia teve de se despedir de mais uma parte de si (mas sinceramente não acredito que o tenha destruído / não voltará a escrever!).

Continua com as suas piadas e com referências à cultura portuguesa (confundido muito Afonso), a série está a seguir em boa escala, ficando com aventuras cada vez mais interessantes!